Dez mil novas moradias em cinco anos em São Bernardo. Essa é uma das previsões iniciais da Prefeitura, que junto com a Secretaria de Habitação lançou ontem à noite o PLHIS (Plano Local de Habitação de Interesse Social), no campus Rudge Ramos da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo).
O projeto tem por objetivo estruturar ações de políticas habitacionais até o ano de 2025, com investimento estimado de pelo menos R$ 1 bilhão até 2013. O montante chega a R$ 4,2 bilhões, se considerado o tempo total de execução do PLHIS, que foi discutido com representantes da sociedade civil durante seis meses em fóruns e seminários.
O recurso, que será de responsabilidade partilhada entre município, Estado e governo federal, será aplicado, entre outras frentes, na construção de moradias, remoção de famílias de área de risco, regularização fundiária, urbanização e melhoria das unidades habitacionais já existentes. Hoje, um terço da população de São Bernardo reside em área de risco.
"O desafio é pensar na cidade a longo prazo. É um programa voltado às famílias de baixa renda. Temos consciência de que precisamos solucionar o problema habitacional de São Bernardo", declarou o prefeito Luiz Marinho (PT).
Um dos itens do plano prevê que, a partir de 2012, seja destinado 2,5% da verba do Orçamento municipal para a Habitação, com objetivo de zerar o deficit habitacional da cidade dentro do período proposto. De acordo com o plano, 38.017 unidades precisam ser construídas e outras 69.624 necessitam de alguma intervenção, como drenagem, pavimentação, ou outras melhorias de responsabilidade de outras Pastas.
A secretária de Habitação, Tássia Regino, ressaltou que o plano não simboliza mudanças imediatas. "Representa uma mudança fundamental para a população, mas não é uma varinha mágica. É um caminho a ser seguido nos próximos anos. Ele precisa ser dinâmico, como é a realidade da nossa cidade."
O prefeito Marinho aproveitou a presença da população no lançamento do programa para pedir a colaboração com o bom andamento do plano, alegando que há "oportunismo" em algumas situações de repasse ilegal do imóvel custeado pelo poder público.
HISTÓRICO
Desde o início do mandato de Marinho, em 2009, já foram entregues 424 unidades habitacionais: na Vila Esperança e nos conjuntos Três Marias e Silvina/Oleoduto. Outras 3.000 moradias estão em obras.
Desde o início do mandato de Marinho, em 2009, já foram entregues 424 unidades habitacionais: na Vila Esperança e nos conjuntos Três Marias e Silvina/Oleoduto. Outras 3.000 moradias estão em obras.
Já estão projetadas pelo município, porém ainda não começaram ser construídas, mais 10.283 moradias, além das 518 que serão financiadas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).
fonte: Diário do Grande ABC